Os Golpes Financeiros contra as Pessoas Idosas pode ser considerada como qualquer prática que visa à apropriação ilícita do patrimônio de uma pessoa idosa e pode ser realizada por familiares, profissionais e instituições.
A violência financeira contra idosos é uma prática corriqueira no Brasil. Por serem consideradas vulneráveis, as pessoas que estão nesta faixa etária se tornam alvos fáceis de criminosos que aplicam golpes pela internet ou de maneira física a fim de roubar quantias em dinheiro. Dados disponibilizados pelo Disque 100, serviço de denúncias da Ouvidoria da Secretaria dos Direitos Humanos do governo federal, revelam que a violência financeira contra idosos é a terceira mais cometida no Brasil contra o público mais velho, atrás apenas da violência psicológica e da negligência. No Pará, o mesmo órgão estima que, em 2022, até esta semana, tenham sido registradas 157 denúncias de violências financeiras contra as pessoas de 60 anos ou mais.
Golpe financeiro é crime!
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que, dentre os casos de golpes, destacam-se os crimes que usam a engenharia social, que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões para os criminosos, ou faça transações em favor das quadrilhas. A doutora em direito e políticas públicas Thaís Muller diz que a engenharia social pode ser enquadrada como crime cibernético, segundo a lei nº 12.737/2012, e sua pena pode variar de acordo com a gravidade de cada caso, resultando em três meses até um ano de prisão, além de multa a ser definida.
Alguns exemplos específicos de diferentes tipos de crime cibernético, segundo ela, são: fraude por e-mail e pela internet; fraude de identidades, quando informações pessoais são roubadas e usadas; roubo de dados financeiros ou relacionados a pagamento de cartões; roubo e venda de dados corporativos; extorsão cibernética, que exige dinheiro para impedir o ataque ameaçado; ataques de ransomware, um tipo de extorsão cibernética; cryptojacking, quando hackers exploram criptomoedas usando recursos que não possuem; e espionagem cibernética, quando hackers acessam dados do governo ou de uma empresa.
Abaixo, listamos algumas dicas que podem auxiliar na proteção do seu familiar idoso contra fraudes financeiras.
1. Participe da rotina do idoso;
Participar da rotina do seu familiar idoso é essencial. Dessa forma, você pode auxiliá-lo com orientações sobre transações bancárias, contratação de serviços e uso de novas tecnologias.
2.Proteja os dados pessoais do idoso;
Mantenha os dados pessoais do idoso protegidos. Certifique-se de que essas informações estão disponíveis apenas em instituições seguras e de confiança.
3.Fique atento aos sinais de fraude.
Algo pode estar errado se:
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O idoso que sempre foi muito prudente financeiramente, por exemplo, começa a fazer grandes saques no banco.
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O idoso que historicamente é cuidadoso com suas contas, por exemplo, tem faturas em aberto ou está recebendo chamadas de centrais de cobrança.
É importante ressaltar que, o uso frequente de caixas eletrônicos por pessoas que sempre visitavam o banco, pode ser um sinal de alerta.
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