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Consignado do INSS vai acabar? Bancos interrompem oferta após governo reduzir teto de juros

Aposentados sem crédito: bancos suspendem consignado após governo reduzir teto de juros

Movimento dos bancos é resposta à decisão do Conselho Nacional de Previdência Social de cortar o teto para a cobrança de juros do empréstimo consignado do INSS.

Diversos bancos começaram a interromper a oferta de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS, após o governo reduzir no início da semana o teto de juros de 2,14% para 1,70%. A Febraban já havia alertado que a nova taxa não cobre a estrutura de custas e que poderia haver reflexo na oferta.

Os maiores players desse segmento de consignado no INSS são Itaú, Bradesco, Pan, Santander, Caixa, Banco do Brasil, C6 e Safra, que juntos respondem por 80% da ofertas. Todos foram procurados pelo Valor, mas ainda não se manifestaram. Nas redes sociais, no entanto, já circulam imagens de comunicados divulgados por diversas instituições, como Mercantil e PagSeguro.

 

Em resposta do Valor, o Pan disse que “em função da redução do teto de juros aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), suspendeu temporariamente novas operações consignadas do INSS de empréstimo, cartão e cartão benefício.”

Quando a decisão do CNPS foi anunciada, a organização já havia se manifestado contra, argumentando que a redução do teto poderia comprometer ainda mais a oferta tanto do empréstimo quanto do cartão de crédito consignado.

"Os patamares de juros fixados não suportam a estrutura de custos do produto e os novos tetos têm elevado risco de reduzir a oferta do crédito consignado, levando um público, carente de opções de crédito acessível, a produtos que possuem em sua estrutura taxas mais caras (produtos sem garantias), pois uma parte considerável já está negativada", diz a nota da Febraban.

 

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) fez coro à Febraban e ressaltou que a redução do teto pode obrigar os tomadores de crédito a migrar para modalidades com taxas mais elevadas, como o empréstimo pessoal, que tem taxa média de 5,24% ao mês.

 

"Iniciativas como essas geram distorções relevantes na precificação dos produtos financeiros, produzindo efeitos contrários ao que se deseja, na medida em que tendem a restringir a oferta de crédito mais barato, impactando na atividade econômica, especialmente no consumo, sendo dessa forma contrária às iniciativas do Governo de fomentar o crédito no país", afirmou a ABBC em nota.

Também por meio de nota, o Banco Daycoval disse que suspendeu os produtos por não serem mais economicamente viáveis, mas destacou que os contratos firmados até ontem (15) permanecem inalterados. O Banco Pan também confirmou a suspensão temporária de novas operações consignadas do INSS tanto de empréstimos quanto de cartões.

Na visão dos bancos, a medida pode acabar empurrando o setor a operar somente com clientes de maior renda e onde a inadimplência é menor, evitando beneficiários mais pobres e idosos.

 

 

 

 

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